sábado, 8 de setembro de 2007
Artes Plasticas
arte persa
O esplendor de sua arte pode ser observado em ruínas de palácios, como nas magníficas escadarias do palacio de Dario I, com imagens feitas com blocos de argila e mármore. Como na maioria das civilizações da Antiguidade, todo esse luxo era sustentado com base na exploração da classe oprimida dos servos e com o uso do trabalho escravo.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Anita Catarina Malfatti
Anita Malfatti (São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) foi uma pintora brasileira.
Filha de mãe norte-americana e pai italiano, foi a primeira artista brasileira a aderir ao Modernismo, tendo sido uma das expositoras da mostra, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, que fazia parte da Semana de Arte Moderna de 1922.
Malfatti foi à Alemanha em 1910. Lá ela conheceu o início do movimento modernista. Viajou aos Estados Unidos em 1915, logo após o Armory Show — uma exposição modernista que foi escandalosa e extremamente influente que mudou a arte nos Estados Unidos. Ela estudou na Independent School of Art em Nova Iorque (onde teve contato com o expressionismo) até 1916, quando voltou ao Brasil.
Em 1917 ela mostrou seu trabalho em uma exposição própria. A exposição foi revolucionária por várias razões. O cenário da arte estava limitado em São Paulo, e uma exposição própria de uma artista tão jovem era algo inédito. Para uma artista, isto foi revolucionário, e o local da exposição era precário. No entanto, as pinturas eram surpreendentemente modernas para uma cidade que nunca havia tido contato com esta arte, e causou uma enorme desaprovação, não só pelas inovações da pintura, mas por serem retratos de imigrantes e outras figuras marginalizadas. Para outros jovens artistas, foi uma experiência transformadora. Em particular, Malfatti criou uma amizade com Mário de Andrade, que iria durar por décadas e seria profissionalmente crucial para eles.
Com Andrade, Malfatti participou da Semana da Arte Moderna, em 1922. Ela era membro do Grupo dos Cinco, formado também por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e a pintora Tarsila do Amaral. Ela se beneficiou da coesão do grupo (durou até 1929 quando seus membros já haviam se estabilizado). Depois de 1922, seu lugar na história da arte brasileira foi, embora controverso, mais claramente entendido. Na década de 1960 era considerada uma das maiores figuras da arte brasileira e uma das mulheres mais influentes na América do Sul.
Na minissérie Um Só Coração (2004), da Rede Globo, Anita Malfatti, foi representada pela atriz Betty Gofman.
Ismael Nery
Em 1909 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1915, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Viajou pela Europa em 1920, tendo freqüentado a Academia Julian, em Paris. De volta ao Brasil, trabalhou em arquitetura no Patrimônio Nacional do Ministério da Fazenda, onde conheceu o poeta Murilo Mendes que se tornaria seu grande amigo. Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Ferreira. Nessa época realizou obras de tendência expressionista. Em 1926, deu início ao seu sistema filosófico de fundamentação católica e neotomista, denominado de Essencialismo. Em 1927 fez nova viagem a Europa, onde entrou em contato com Chagall e outros surrealistas. Sua obra sofreu, também, a influência metafísica de Giorgio de Chirico e do cubismo de Picasso. Seus temas remetem-se sempre à figura humana: retratos, auto-retratos e nus. Não se interessou pelos temas nacionais, indígenas e afro-brasileiros, que considerava regionalistas e limitados. Dedicou-se a várias técnicas aplicadas em desenhos e ilustrações de livros. Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se num sanatório pelo período de dois anos. Saiu de lá aparentemente curado porém, em 1933, a doença voltou de forma irreversível. A partir daí, suas figuras tornaram-se mais viscerais e mutiladas. Morreu em 1934, aos trinta e três anos de idade, no Rio de Janeiro. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa fé católica. A obra de Nery permaneceu ignorada do público e da crítica até 1965, quando teve seu nome inscrito na 8ª Bienal de São Paulo, na Sala Especial de Surrealismo e Arte Fantástica. Suas obras foram expostas também na 10ª Bienal de São Paulo. Foram feitas retrospectivas em 1966, no Rio de Janeiro, e em 1984, no MAC-USP (Retrospectiva Ismael Nery - 50 Anos Depois).
Milton Rodrigues da Costa
,Milton Rodrigues da Costa mais conhecido como Milton Dacosta, (Niterói, 19 de outubro de 1915 — Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1988) foi um pintor, desenhista, gravador e ilustrador brasileiro. Foi casado durante 37 anos com a pintora Maria Leontina e é pai do também artista plástico Alexandre Dacosta.
Inicialmente Dacosta pintou composições figurativas e paisagens. Em 1941, começou a fazer figuras humanas geometrizadas, tendo como referência o Cubismo. Na década de 50 aderiu ao Abstracionismo Geométrico, e sua pintura é marcada por influências concretas e neo-concretas.
Em 1931, ao lado de Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála, José Pancetti, Joaquim Tenreiro entre outros, participou da fundação do Núcleo Bernardelli, coordenado por Edson Motta.
Ernesto Meyer Filho
Ernesto Meyer Filho (Itajaí, 4 de dezembro de 1919 — Florianópolis, 22 de junho de 1991) foi um artista plástico brasileiro. Quintais e galos fantásticos estão entre os temas preferidos do artista, que buscava inspiração em "Marte".
Era filho da escritora Rachel Liberato Meyer, autora do livro (póstumo) Uma menina de Itajaí, e de Ernesto Meyer, que exerceu entre outras, a atividade de fazendeiro, exportador de arroz e banana, contador e representante comercial.
Seu quadro Idílio fantástico (1957) foi, até que se prove o contrário, a primeira pintura fantástica produzida e exibida, pelo menos no estado de Santa Catarina. Constou de sua primeira exposição individual, realizada no Museu de Arte Moderna de Santa Catarina. Taxado de maluco pelos conservadores, Foi, igualmente, o primeiro artista plástico moderno de Santa Catarina que, sem sair do seu estado natal, expôs, individualmente, em galerias profissionais e museus do Rio de Janeiro (Galeria Penguim, 1960), Belo Horizonte (Museu de Minas Gerais Pampulha, 1961) e São Paulo (Casa do Artista Plástico, 1963 e 1964).
Bacharel em Ciências Contábeis e funcionário aposentado do Banco do Brasil, participou como ilustrador do Movimento Revista Sul e foi um dos fundadores e presidente do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis (GAPF), responsável pela organização dos dois primeiros salões de artes de Santa Catarina e pela primeira coletiva de artistas catarinenses fora do estado, em Curitiba.
Meyer Filho, possui obras nos museus de arte de Florianópolis, Belo Horizonte, Joinville, Pinacoteca de Porto Alegre, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (Coleção Theon Spanoudis) e em coleções particulares no Brasil e exterior.
Salvador Felipe Jacinto Dalí i Domènech
Salvador Dalí nasceu às 8h45 da manhã de 11 de Maio de 1904, no número 20 do carrer (rua) Monturiolin da vila de Figueres, Catalunha, Espanha. O pai era o notário Salvador Dalí i Cusí (de remota origem árabe), confortavelmente instalado na classe média, figura popular da cidade e senhor de um carácter irascível e dominador. A mãe, Felipa Domenech (cuja família de longínquas origens judaicas era oriunda de Barcelona), era uma plácida e carinhosa dona de casa, um pouco dada ao catolicismo. Dalí frequentou a Escola de Desenho Municipal, onde iniciou a sua educação artística formal. Em 1916, durante umas férias de verão em Cadaquès, passadas com a família de Ramon Pichot, descobriu a pintura impressionista. Pichot era um artista local que fazia viagens frequentes a Paris.
No ano seguinte, o pai de Dalí organizou uma exposição dos desenhos a carvão do filho na sua casa de família. Dali teve a sua primeira exposição pública no Teatro Municipal em Figueres em 1919. Em 1921, a sua mãe morreu de cancro e passado um ano o pai casou-se com "Tieta", a irmã de Felipa, o que de certo modo teria magoado o jovem Dalí.
Em 1922, Dalí foi viver em Madrid, onde estudou na academia de artes de San Fernando. Já então Dalí chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido e patilhas, casacos compridos, um grande laço ao pescoço, calças até ao joelho e meias altas, (num estilo reminescente de Oscar Wilde e dos seus seguidores estetas). O que lhe granjeou maior atenção por parte dos colegas foram os quadros onde fez experiências com o cubismo (embora na época destes primeiros trabalhos cubistas ele provavelmente não compreendia por completo o movimento, dado que tudo o que sabia de arte cubista provinha de alguns artigos de revistas e de um catálogo que Ramon Pichot lhe oferecera, visto não haver artistas cubistas, ao tempo, em Madrid).
Dalí fez também experiências com o Dadaísmo, que provavelmente influenciou todo o seu trabalho. Nesta altura, tornou-se amigo íntimo do poeta Federico García Lorca e de Luis Buñuel. Mais tarde tornar-se-ia amante de Lorca. Dalí foi expulso da Academia em 1926, pouco tempo depois dos exames finais, em que declarou que ninguém na Academia era suficientemente competente para o avaliar.
Foi nesse mesmo ano que Dalí fez a sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso, que era reverenciado pelo jovem Dalí. ("Vim vê-lo antes de ir ao Louvre", disse-lhe Dalí. "Fez você muito bem", respondeu-lhe Picasso.) O artista mais velho já tinha ouvido falar bem de Dalí, através de Juan Miró. Nos anos seguintes, Dalí realizou uma série de trabalhos fortemente influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo o seu estilo próprio. Algumas tendências no trabalho de Dalí que iriam permanecer ao longo de toda a sua carreira já eram evidentes nos anos 20, mas ele devorou influências de todos os estilos de arte que conseguiu encontrar e produziu trabalho do classicismo mais académico à vanguarda mais avançada, por vezes em obras separadas, por vezes combinados na mesma obra. As exposições dos seus trabalhos em Barcelona despertaram grande atenção e uma mistura de elogios e debate surpreendido por parte dos críticos.
1929 foi um ano importante para Dalí. Foi nesse ano que ele colaborou com o cineasta espanhol Luis Buñuel na curta-metragem Un Chien Andalou e que conheceu, em agosto, a sua musa e futura mulher, Gala Éluard (de seu nome verdadeiro, Elena Ivanovna Diakonova, nascida em 7 de Setembro de 1894, em Kazan, Tartária, Rússia), uma imigrante russa dez anos mais velha que Dalí que estava na época casada com o poeta surrealista Paul Éluard. No mesmo ano, Dalí teve exposições profissionais importantes e juntou-se oficialmente ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse (embora o seu trabalho já há dois anos que vinha sendo fortemente influenciado pelo surrealismo).